domingo, 3 de janeiro de 2016

VIDA CRISTÃ: ORAÇÃO


“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. Mt.5.6

Nas três práticas milenares de justiça, esmolas, oração e jejum, o praticante é ensinado que estas coisas tem haver com uma introspecção, nada que se relacione com ser visto, ouvido ou respondido por ninguém que não seja o próprio Deus.
Nisto seguimos o que Jesus ensina sobre oração, que é um momento de profunda expressão do ser naquilo que vai além das palavras que são ditas. Orar não são repetições de palavras, não é um ritual religioso como um mantra praticado, não é o estabelecer de relógios de oração, campanhas ou motivações externas da religião com suas obrigações de realizar um dever para o qual o coração não está inclinado em sincera devoção.
Oração flui do interior expressando a necessidade do ser, o que nem sempre as palavras explicam, neste momento Deus que vê em secreto sabe muito bem, pois não se trata de ouvir, mas de ver.
Oração é uma pratica cristã diária, não tanto de falar, mas muito mais de ouvir, ouvir a Deus e de se ouvir através Dele. Nisto temos um momento de gratidão, adoração e total entrega, pois orar é um ato, onde a nudez da alma revela o secreto, aquilo que ninguém além dos envolvidos neste relacionamento íntimo e devocional, toma conhecimento. Não há o que esconder ou que se possa esconder diante de Deus, em prática diária de oração não existe espaço para brincadeiras, aquilo que se fala se não é a realidade do coração em nada faz sentido diante do Pai.
Deus sempre tem conhecimento da oração, nada do que se diz é ocultado diante de Deus, mas somente o que vem da verdade do ser ainda que não possível em palavras, é o que é recebido. Quando Jesus diz que se deve orar em secreto, não está ensinando um ritual a ser praticado, mas sim que não se deve viver para atender as expectativas religiosas, estar bem visto diante de autoridades da religião, ser visto como alguém piedoso ou espiritual.
O ato de orar não depende de lugares, ambientes ou seja como for, mas que seja em todo momento possível, sem que se perca a oportunidade de fazê-la sempre e sempre que feita, seja a pura expressão da verdade do ser, não no muito falar, não em discursos ou palavras vazias, apenas na sinceridade do coração.

O Pai nos conduza, bom caminho!


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