A reflexão sobre destino permite
encontrar as diferentes maneiras as quais as pessoas o entende, dependendo da
fonte em que se busca uma definição do conceito, o seu significado em si não
muda, mas a forma como o individuo lida com a ideia de destino segue por
diferentes vertentes até o ponto de crer ou não nele, aqui observaremos da ótica
cristã buscando não uma definição que feche o pensamento mas que como já
exposto, possa conduzir a uma reflexão sobre o tema proposto.
Destino
seriam
os acontecimentos da vida se desenrolando de forma predeterminada, haveria uma
ordem cósmica misteriosa que de antemão definiu os acontecimentos das pessoas,
independente de suas ações e vontades, o destino de alguém é inevitável e
imutável, cabe ao sujeito aceita-lo e vivê-lo seja como for.
Pode-se associar a ideia
de sorte ao destino, embora uma não se explique pela outra, pois a sorte
caminha sobre a casualidade, ela é imprevisível, é um fenômeno que não se pode
explicar ou menos ainda prever mas que influencia na vida das pessoas seja
favorável ou não. Sendo a sorte acontecimentos inevitáveis, pode-se dizer que
apesar de não saber se ela será favorável ou desfavorável, não se pode negar
que ela está presente no destino das pessoas.
No cristianismo destino e
sorte não existem, pois tudo depende da ordem que Deus estabelece os
acontecimentos, no que diz respeito as escolhas do dia a dia, do cotidiano da
vida, cabe ao homem fazer suas escolhas, tomar atitudes e decisões, diante
deste pressuposto se define como consequência o que sucede posteriormente,
aquilo que o homem planta é o que ele colherá, não tem outra alternativa. Deus concedeu
ao homem a liberdade no caminhar de sua existência, não determinando os
acontecimentos como que marionetando sua criação. Existem pensamentos que acreditam
que esta liberdade tem como limite a salvação, pois ninguém é capaz de escolher
ser salvo, mas é uma ação de Deus que elege quem quer, tanto para salvar ou
condenar, predestinando assim sua criação de acordo com seu beneplácito, já
outros entendem que a graça salvadora vem de Deus sem interferência do homem,
mas cabe a este homem fazer a opção em recebê-la ou não, estendendo para além a
liberdade de escolha.
Seguindo um pensamento
onde tudo é predeterminado inexoravelmente independendo da ação humana, seria o
mesmo que engessar a existência cruzando os braços aguardando o desdobramento
da vida irrevogável, muitos usariam como subterfugio esta ideia para se acomodar
e se entregar a ociosidade, se desfazendo assim do bem maior que se tem, a
vida. Sendo assim, como se explicariam
as fatalidades, seriam mero acaso, seriam uma desordem cósmica? E se Deus determina
tudo, como explicar o pecado no Jardim do Edém e todos os acontecimentos degradantes
da raça humana? Seria Deus autor do mal, do pecado e das desgraças humanas?
Sobre a ideia das coisas
dependerem da sorte e não da ação e escolha, atitude e decisão, mas apenas do
acaso, porque então se gastar em trabalhos, planos e metas na vida?
Como exposto no início,
não temos como objetivo fechar um pensamento e vendê-lo, mas sim despertar a reflexão
sobre o tema sabendo que tudo está nas mão daquele que por ele e para ele são
todas as coisas, o presente e o porvir, tudo está nele e é nele, e sua
soberania vai além da capacidade de compressão humana, e nela recebemos sem
medida o seu amor que é o verdadeiro motivo, razão, sentido e o porque de
existirmos e vivermos e estarmos sempre com
bom ânimo, pois não depende de sorte ou
destino, mas de Cristo Jesus que conduz a todo aquele que nele crê, e assim faz
simplesmente pelo seu incognoscível amor.
Sejamos iluminados pelo
Santo Espírito!