quarta-feira, 23 de setembro de 2015

REFLEXÃO SOBRE DESTINO: OS ACONTECIMENTOS DEPENDEM DA SORTE?


A reflexão sobre destino permite encontrar as diferentes maneiras as quais as pessoas o entende, dependendo da fonte em que se busca uma definição do conceito, o seu significado em si não muda, mas a forma como o individuo lida com a ideia de destino segue por diferentes vertentes até o ponto de crer ou não nele, aqui observaremos da ótica cristã buscando não uma definição que feche o pensamento mas que como já exposto, possa conduzir a uma reflexão sobre o tema proposto.

Destino seriam os acontecimentos da vida se desenrolando de forma predeterminada, haveria uma ordem cósmica misteriosa que de antemão definiu os acontecimentos das pessoas, independente de suas ações e vontades, o destino de alguém é inevitável e imutável, cabe ao sujeito aceita-lo e vivê-lo seja como for.
Pode-se associar a ideia de sorte ao destino, embora uma não se explique pela outra, pois a sorte caminha sobre a casualidade, ela é imprevisível, é um fenômeno que não se pode explicar ou menos ainda prever mas que influencia na vida das pessoas seja favorável ou não. Sendo a sorte acontecimentos inevitáveis, pode-se dizer que apesar de não saber se ela será favorável ou desfavorável, não se pode negar que ela está presente no destino das pessoas.

No cristianismo destino e sorte não existem, pois tudo depende da ordem que Deus estabelece os acontecimentos, no que diz respeito as escolhas do dia a dia, do cotidiano da vida, cabe ao homem fazer suas escolhas, tomar atitudes e decisões, diante deste pressuposto se define como consequência o que sucede posteriormente, aquilo que o homem planta é o que ele colherá, não tem outra alternativa. Deus concedeu ao homem a liberdade no caminhar de sua existência, não determinando os acontecimentos como que marionetando sua criação. Existem pensamentos que acreditam que esta liberdade tem como limite a salvação, pois ninguém é capaz de escolher ser salvo, mas é uma ação de Deus que elege quem quer, tanto para salvar ou condenar, predestinando assim sua criação de acordo com seu beneplácito, já outros entendem que a graça salvadora vem de Deus sem interferência do homem, mas cabe a este homem fazer a opção em recebê-la ou não, estendendo para além a liberdade de escolha.

Seguindo um pensamento onde tudo é predeterminado inexoravelmente independendo da ação humana, seria o mesmo que engessar a existência cruzando os braços aguardando o desdobramento da vida irrevogável, muitos usariam como subterfugio esta ideia para se acomodar e se entregar a ociosidade, se desfazendo assim do bem maior que se tem, a vida. Sendo assim,  como se explicariam as fatalidades, seriam mero acaso, seriam uma desordem cósmica? E se Deus determina tudo, como explicar o pecado no Jardim do Edém e todos os acontecimentos degradantes da raça humana? Seria Deus autor do mal, do pecado e das desgraças humanas?
Sobre a ideia das coisas dependerem da sorte e não da ação e escolha, atitude e decisão, mas apenas do acaso, porque então se gastar em trabalhos, planos e metas na vida?
Como exposto no início, não temos como objetivo fechar um pensamento e vendê-lo, mas sim despertar a reflexão sobre o tema sabendo que tudo está nas mão daquele que por ele e para ele são todas as coisas, o presente e o porvir, tudo está nele e é nele, e sua soberania vai além da capacidade de compressão humana, e nela recebemos sem medida o seu amor que é o verdadeiro motivo, razão, sentido e o porque de existirmos e vivermos e estarmos sempre com
bom ânimo, pois não depende de sorte ou destino, mas de Cristo Jesus que conduz a todo aquele que nele crê, e assim faz simplesmente pelo seu incognoscível amor.

Sejamos iluminados pelo Santo Espírito!