“Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a
imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se
oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.” Hebreus 10:1
O
autor de hebreus salienta que a lei com seus ritos e sacrifícios apenas servem
como um exemplo explicativo. A realidade do plano de Deus para o homem não está
na materialidade dos cerimoniais, eles são apenas apontamentos. Os sacrifícios e
sangue de animais derramados, traziam apenas a lembrança de que o povo era
pecador. Esses sacrifícios não tinha o poder de purificar ou aplacar a ira de
Deus. Os ritos praticados eram uma maneira de Deus comunicar seu plano e desenvolver
o entendimento do povo, naquele momento histórico, sobre o relacionamento de Deus
com a homem.
Assim
como uma criança cresce, passa pela adolescência, juventude e velhice seguindo
no ciclo da vida e alcançando a seu tempo maturidade, a humanidade também segue
da mesma forma, amadurecendo ao longo de sua história. O povo escolhido para
pertencer a Deus, deveria conscientemente chegar a este entendimento do plano
de Deus pela ação da Graça Divina. Não é uma imposição de Deus ao homem, mas um
entendimento que se alcança pelo relacionamento. Nisto a paciência,
longanimidade e misericórdia de Deus sempre estivam presentes através dos
tempos.
“Porque nunca falei a vossos pais, no dia em que os
tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou
sacrifícios. Mas isto lhes ordenei, dizendo: Dai
ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e andai
em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem.” Jeremias 7:22,23
Em Jeremias o povo não entendia que primeiro
deveria obedecer. Deviam ouvir a voz de Deus e praticar seus estatutos em
primeiro lugar. Sacrifícios e holocaustos não removem pecados, apenas trazem a
lembrança que o povo está destituído e carente de redenção. Naquele momento,
para Deus se comunicar com o homem de forma que fosse compreendido, eram
aplicados os “Tipos” representando acontecimentos futuros, que são os
“Antítipos.”
“Contudo, esses sacrifícios são uma recordação anual dos
pecados, pois é impossível que o sangue de touros
e bodes tire pecados.” Hebreus 10:3,4
O sacrifício de Jesus foi único e
suficiente. Aplacou a ira divina uma vez que pagou a dívida que o homem tinha. Quem
é alcançado pela graça, é Justificado e redimido sendo reconciliando com Deus.
“Pelo cumprimento dessa vontade fomos santificados, por
meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas.” Hebreus 10:10
Quando Israel é liberto do Egito, Deus
chama o povo a ouvir sua voz e ser obediente.
“Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei
sobre asas de águias, e vos trouxe a mim; Agora, pois, se
diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis
a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha.”
Êxodo 19:4,5
O sacrifício que nos reconcilia com
Deus, somente Jesus Cristo pôde oferecer, sendo ele mesmo crucificado para que possamos
ser novamente gerados. Estando ligado a Cristo, é necessário expressar as
características de um coração remido, não retrocedendo ou cedendo as
perseguições daqueles que negando a Cristo se dizem confessar o seu nome,
daqueles que dizendo fazer o que Deus determina, inserem em seus cultos coisas
abomináveis diante de Deus, como uma vez fez Saul.
“Mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, o melhor
do interdito, para oferecer ao Senhor teu Deus em Gilgal. Porém Samuel disse: Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos
e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é
melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.”
1 Samuel 15:21,22
Deus abençoe e bom caminho!
Ótima colocação.
ResponderExcluirJesus Cristo é suficiente!