segunda-feira, 4 de junho de 2018

Cristão e Conservador



O entendimento correto do que é ser um cristão e também conservador tem se perdido, não somente por falta de conhecimento, mas também pela precariedade do conhecimento que muitos adquirem. A nova geração, vive como se a história começasse com ela, fecham os olhos e ignoram totalmente os caminhos que trouxeram o homem a sua condição atual. Politicamente correta e crítica na sociedade em que vive, esta nova geração segue com seus conhecimentos sem fundamento e sem base, muitos indivíduos se estruturam sobre princípios relativistas que se encaixam em qualquer discurso que os conduza a simplesmente revolucionar. Não sabem que não há nada novo que já não tenha sido exposto, analisado, discutido e refutado.
O cristão tem um fundamento inegociável, uma vez que ser cristão é seguir a Cristo e não uma religião, é ser um indivíduo que busca a prática dos princípios bíblicos mediante a vontade de Jesus. Esse não é fruto de sistemas ou ideologias, antes é fruto de um fato que marcou a história, Deus em Jesus Cristo reconciliando consigo o mundo. Ser cristão é ter uma regra de fé e prática, a bíblia, é ter princípios que não são relativos e que não mudam conforme a vontade humana e o tempo, é preservar os ensinos de Jesus e praticá-los ainda que diante das ditas evoluções sociais e revoluções ideológicas seja em quais âmbitos forem, o comportamento do cristão pareça aos olhos destes, ultrapassado.  
Nisto o cristão é um conservador, pois acredita na manutenção de princípios marais que estabelecem a ordem social, entende a necessidade de manter as estruturas que sustentem uma vida que não se desintegra com as investidas de desconstrução da natureza humana constituída por Deus.
O cristão conservador, entretanto, não é alguém que ignora as necessárias mudanças seja nas áreas, políticas, sociais, econômicas ou educacionais. O cristão deve exercer seus direitos e deveres como cidadão e ser consciente da realidade em que vive neste mundo, deve ser um conservador que sabe o que deve ser mantido e aquilo que deve ser mudado, mas sem ignorar sua história e sem relativizar seus princípios. O cristão conservador não é um reacionário como muitas vezes é taxado, pois ele acredita na mudança quando esta se faz necessária, ele está aberto as transformações e inovações que surgem na capacidade do homem em transformar sua realidade, mas nunca aceita a imposição ideológica, a mudança intencionalmente abrupta e desconstrutiva.
O cristão conservador tem sua fonte de vida em Cristo, tem toda sua base de comportamento e prática nas escrituras. Ele acredita na estrutura familiar constituída por Deus, acredita na liberdade individual que cada indivíduo deve desfrutar e acredita na força do trabalho uma vez que do suor do seu rosto deve comer o seu pão. Ele acredita no respeito ao seu próximo e o direito de cada um escolher e seguir seu caminho, acredita que está no homem o dever de pregar o evangelho mais em Deus o poder de convencer o homem. O cristão conservador sabe que o homem é pecador e destituído da glória de Deus. Ele está consciente de que é impossível qualquer governo humano exercer uma liderança justa.
Por fim o cristão conservador não ignora a realidade de um mundo desigual, sabe que não existe um sistema de governo ideal, mas sabe também que as mazelas e pobrezas são frutos provenientes do homem que foi destituído da glória de Deus. Ele sabe que a mudança desta realidade não está em sistema de governo, partido político ou ideologias que forem, ele descarta as utopias e caminha para realidade da vida que é Jesus Cristo em nós esperança da glória.

Bom caminho!   

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