É inegável o momento
que a igreja brasileira tem passado, onde cada vez mais pessoas se desligam de
suas denominações deixando de frequentar regularmente uma instituição cristã
evangélica, com isso muitos vivem num ardente desejo de estar se reunindo em grupos
a parte do sistema evangélico, pois em seus corações está vivo o desejo de
caminhar com Cristo e estar em comunhão com o corpo.
Existem outros que tendo como subterfúgio as decepções institucionais evangélicas, extrapolam deixando as práticas da doutrina de Cristo e experimentam a vida, estas perdem não só o desejo comungar como também o desejo DE praticar os ensinos de Cristo, pois eles se libertaram da institucionalização e do sistema mas ainda não entenderam a prática da vida cristã, continuam presos ao "eu", ainda que iluminados e tendo provado da verdade negam a Cristo em seu modo de viver (Hb. 6. 1-10).
Existem outros que tendo como subterfúgio as decepções institucionais evangélicas, extrapolam deixando as práticas da doutrina de Cristo e experimentam a vida, estas perdem não só o desejo comungar como também o desejo DE praticar os ensinos de Cristo, pois eles se libertaram da institucionalização e do sistema mas ainda não entenderam a prática da vida cristã, continuam presos ao "eu", ainda que iluminados e tendo provado da verdade negam a Cristo em seu modo de viver (Hb. 6. 1-10).
Destacamos aqui que o
sistema evangélico tem tido princípios eclesiásticos baseados em meritocracia,
vivendo um pragmatismos doutrinário, substituindo a simplicidade do evangelho
por métodos, modelos e cartilhas, uma prática exaustiva e manipuladora gerando
alienação em muitos, mas enfim... é necessário congregar ou podemos
viver o evangelho sem frequentar regularmente ajuntamentos?
No estudo dos
evangelhos, olhando para Jesus, vemos que ele inicia seu ministério indo de
encontro aqueles que ele escolhe para o seguir, aqueles que seriam seus
discípulos, com esses Jesus se relaciona, está em comunhão, e ensina sua
doutrina. Jesus vai em busca dos perdidos, busca estar com pessoas, no meio
delas e proclamar o Reino, curar enfermos e expulsar demônios. (Mt. 9.35). Em
momento algum Cristo cria sistemas para controlar pessoas ou prendê-las aos
seus ensinos, ele expõe seu propósito mantendo o livre pensamento e escolha de
cada um em segui-lo ou não, não vemos estratagemas pragmáticos de cunho
humanista, mas apenas a verdade do Reinar de Deus no coração do homem.
No sermão do monte,
Jesus está reunido com um grande número de pessoas, compartilha com elas as Bem
Aventuranças, lhes ensina e instrui (Mt. 5). É muito claro que Cristo buscava
estar com pessoas e se relacionar com elas, a vida cristã é composta por estes
momentos, assim como Jesus tendo momentos de ensino a multidão que o seguia e
em reuniões reservadas com seus discípulos, todos quanto caminham com o Mestre
tem dentro de si o desejo de estar com gente, de se reunir em nome de Cristo
para comungar. Jesus não provê entretenimento, não se gasta em afazeres que
agradem o cobiçoso e hedonista coração humano, mas muitos ainda não entendem,
mergulham em sofismas e caminham faltosos de compreensão.
É notório nos
evangelhos que Jesus em sua vida de oração, tinha também momentos a sós com o
Pai, como o exemplo em Lucas 6. 12:
“E aconteceu que
naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus.”
Jesus ensina como
devemos busca-lo em oração, essa busca não se dá apenas em dias e horas
marcadas, mas diariamente durante o caminhar, Ele até diz qual espaço físico
podemos estar para fazê-lo, e ao contrário do que muitos pensam não foi o monte
o lugar indicado pelo Mestre para estarmos a sós com Deus:
“Mas tu, quando
orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está
em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.”
A questão nesta breve
reflexão e ressaltar que a vida cristã não se resume e em momentos nem se
relaciona com o frequentar um templo evangélico, seguir a Cristo não é ocupar
cargos, cumprir horários e ser cristão dentro dos templos nos dias e horários
determinados, mas é uma prática diária, uma vida inteira onde não tem dia e
hora marcada para acontecer, mas acontece onde for a todo instante, seja num
momento de estar sozinho buscando o Pai em secreto, ou em reuniões públicas de
culto a Deus.
A vida com Deus não tem formalidades,
tem princípios, seus deveres, a necessária seriedade e o compromisso entre
outras coisas inerentes ao cristão verdadeiro, mas nunca uma vida engessada e
moldada e menos ainda, determinada por um sistema religioso, não podemos ser
prisioneiros de templos como se fosse obrigação frequentá-los pela necessidade de
congregar.
Estar reunido é tão preciso quanto ter
os momentos a sós com Deus e, estar a sós com Deus e tão preciso quanto se
reunir para comungar, é simples...
Congregar não é pré requisito para estar com Cristo como se aquele que não o faz estivesse em condenação, mas destacamos aqui que isto faz parte do caminhar e é bom quando é feito na liberdade de uma consciência cristã a mercê da graça de Deus.
Congregar não é pré requisito para estar com Cristo como se aquele que não o faz estivesse em condenação, mas destacamos aqui que isto faz parte do caminhar e é bom quando é feito na liberdade de uma consciência cristã a mercê da graça de Deus.
Bom caminho!