quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O MESMO DEUS NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO: SUA GLÓRIA REVELADA AO HOMEM



Deus se revela a humanidade dentro da capacidade de compressão possível ao homem dentro do tempo histórico em que vive, por exemplo:

O homem do Antigo Testamento tinha sua compreensão social, científica, filosófica entre outras, limitada ao desenvolvimento alcançado até o tempo em que viveu, as escrituras narram as experiências que este homem tem com Deus no Antigo Testamento, onde as escrituras tem sua linguagem e descrição de acordo com o entendimento da mente humana de então. O que lemos é uma narrativa que expressa a forma com que o homem entendia Deus, o mundo e seu lugar na existência, tendo o Antigo Testamento suas tipologias e apontamento para significados posteriores.

Já ao homem do Novo Testamento é revelado o Verbo encarnado, Jesus Cristo vindo ao mundo ter experiências com o homem, assim tudo se converge em Cristo sendo Ele Deus caminhado na dimensão física entre os homens.  Este homem continua a experimentar avanços gradativos durante estes dois milênios, tanto na compreensão de Deus quanto no seu desenvolvimento humano científico, sua compreensão sobre o mundo, o universo, a física, astronomia entre muitos outros exemplos, já lhe permite construir um pensamento mais amplo.
Os embates entre fé e razão, pensar a existência a partir de Deus ou negar um ser supremo e seguir pela razão humana, seja qual for a vertente é inegável que o homem de hoje tem sua compreensão diferente do homem do Antigo Testamento, este é o ponto que queremos chegar, onde os pensamentos entre os dois são distintos.

    Durante a história de sua existência, o homem se desenvolve expandindo o seu conhecimento em diversas áreas, então se pode dizer que a humanidade, o homem em si, mudou muito a maneira de pensar sua realidade existencial, nisto dizemos que Deus não muda (Hb 13.8), sua maneira de se relacionar com o homem em diferentes épocas consiste na mudança do homem, é este homem quem muda e não Deus, seja no Antigo ou Novo Testamento. 
    Deus revela o conhecimento de si mesmo ao homem em medida pré-estabelecida pela sua própria vontade, onde se conhece do Eterno, aquilo que Ele decidiu fazer conhecido sobre quem Ele mesmo é, atentando para o quanto o homem suporta conhecer sobre Deus ou simplesmente o quanto é necessário que este homem conheça sobre Deus.

Não é concedido ao homem alcançar os locais da existência sempiterna de Deus (Sempiterna - que não tem um início de vida e nem fim de existência – simplesmente existe desde sempre), mas Deus vem e se relaciona de forma a ser compreendido pela limitada mente humana, nisto se pode enxergar o antropomorfismo (Antropomorfismo - anthropos – homem + morphe – forma: características humanas atribuídas a Deus), onde assim se usa a perspectiva humana na tentativa de entender.  

    Além de se revelar no relacionamento direto com o homem, Deus também se mostra quando permite a observação de sua glória presente em sua criação, tudo o que existe tem a sua fonte em Deus, quando se vê o sol, a lua e as estrelas, todo o firmamento, a mudança das estações, o mares e rios, as chuvas e mesmo as estiagens, os animais no campo, todos os seres em seus habitats naturais, tudo louva a Deus, todos manifestam a Glória do Eterno, os dias fazem declaração desta Glória ao outro dia, sem palavras ou fala, se pode ouvir a voz da criação que louva a magnificência do grande artista, poeta e fascinante autor de toda a existência. (Sl.19.1-6)

Quando o homem olha para si mesmo, feito a sua imagem e semelhança, que mesmo destituídos mantem a forma moral, social e intelectual que permite o se relacionar com Deus, se pode usar estas características imateriais concedidas sobrenaturalmente ao homem para compreender racionalmente a pessoa de Deus, sendo esta compressão apenas míseras sombras na mente humana de quem o Eterno realmente é. (Sl.8. 1-9)


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