sexta-feira, 29 de agosto de 2014

CONTEMPORANEIDADE DO PROFETA HABACUQUE: O FUTURO DE UM EVANGELHO DECADENTE


Habacuque em seu ministério expressa questionamentos quanto à justiça de Deus sobre um povo que se entregou a imoralidade, a desobediência a Deus quando faz aliança com o Egito e mesmo ouvindo os profetas, não se arrepende. (Habacuque profetizou em Judá e foi contemporâneo de Jeremias, Daniel e Ezequiel)
Deus responde a Habacuque dizendo que faria uma grande obra no meio do povo, tão maravilhosa que eles não creriam quando essa acontecesse (Hc. 1.5). Este grande acontecimento seria quando Babilônia vencesse o Egito (Jr. 46), e então levasse Judá cativa, recebendo assim a justiça pelo seu declínio e não arrependimento.
Ao saber o que Deus faria Habacuque não pede a Ele que retire o castigo, mas que em castigando lembre-se da misericórdia, pois sabia que seria iminente o furor de Deus sobre a impiedade de Judá. O fato de “avivar a obra” não reside em avivamento espiritual da nação, mas sim em Deus realizar seus grandes feitos como em tempos antigos já havia feito e neste caso aqui, é a ira do Eterno fazendo justiça sobre um período de iniquidade. (Hc. 3 verso 2 e verso 16)
Habacuque termina dizendo que ainda que tudo destruído ao seu redor pela persistência do povo em praticar a iniquidade, em não dar ouvidos as profecias, ele o profeta, se alegraria no Deus da sua salvação. Diante de um povo morto em seus pecados, Habacuque se mantem avivado, se relacionando com Deus.
Nos dias de hoje, entendemos existir um evangelho em declínio, um evangelho se perdendo de Cristo e manipulando a massa. Evangelho esse que é apenas estereótipo, usando mecanismos de convencimento, fazendo da vida cristã um julgo de ocupações vãs, constrangendo seus seguidores a seguir suas cartilhas, os comprimindo com o rolo do medo, lhes impedindo de pensar livremente, de construir um pensamento crítico, impedindo as pessoas de construir um pensamento a partir de Jesus Cristo e sua doutrina.
Assim como nos tempos de Habacuque, se a igreja cristã não der ouvidos ao Espírito Santo, não se arrepender e se converter de seus maus caminhos, o fim desta estrada é o abismo. A justiça de Deus sobre aqueles que usando o nome de Jesus, promovem a si mesmos, e roubam a glória do Eterno será iminente.
Assim como Habacuque, o cristão precisa ter um coração avivado, sensível ao Espírito, atentando para a decadência em que o dito evangelho se encontra. Mesmo meio a um tempo de declínio, é preciso buscar forças em Deus, não sendo influenciado ou direcionado pelos estratagemas do comercio da fé.
Não queremos expor um pensamento fatalista, mas entendemos que será daqui para pior, o grande circo apresentará espetáculos cada vez mais ousados e escandalosos. Serão vistos ainda muitos ventos de doutrinas e moveres frenéticos, em partes antropocêntricos e em momentos ocultos e místicos, todos recebendo rótulos de evangelho.
O futuro desse evangelho decadente é a morte...

“Há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte.”
Pv 14:12