Habacuque
em seu ministério expressa questionamentos quanto à justiça de Deus sobre um
povo que se entregou a imoralidade, a desobediência a Deus quando faz aliança
com o Egito e mesmo ouvindo os profetas, não se arrepende. (Habacuque
profetizou em Judá e foi contemporâneo de Jeremias, Daniel e Ezequiel)
Deus
responde a Habacuque dizendo que faria uma grande obra no meio do povo, tão
maravilhosa que eles não creriam quando essa acontecesse (Hc. 1.5). Este grande
acontecimento seria quando Babilônia vencesse o Egito (Jr. 46), e então levasse
Judá cativa, recebendo assim a justiça pelo seu declínio e não arrependimento.
Ao
saber o que Deus faria Habacuque não pede a Ele que retire o castigo, mas que
em castigando lembre-se da misericórdia, pois sabia que seria iminente o furor
de Deus sobre a impiedade de Judá. O fato de “avivar a obra” não reside em
avivamento espiritual da nação, mas sim em Deus realizar seus grandes feitos
como em tempos antigos já havia feito e neste caso aqui, é a ira do Eterno
fazendo justiça sobre um período de iniquidade. (Hc. 3 verso 2 e verso 16)
Habacuque
termina dizendo que ainda que tudo destruído ao seu redor pela persistência do
povo em praticar a iniquidade, em não dar ouvidos as profecias, ele o profeta,
se alegraria no Deus da sua salvação. Diante de um povo morto em seus pecados,
Habacuque se mantem avivado, se relacionando com Deus.
Nos
dias de hoje, entendemos existir um evangelho em declínio, um evangelho se
perdendo de Cristo e manipulando a massa. Evangelho esse que é apenas estereótipo,
usando mecanismos de convencimento, fazendo da vida cristã um julgo de
ocupações vãs, constrangendo seus seguidores a seguir suas cartilhas, os
comprimindo com o rolo do medo, lhes impedindo de pensar livremente, de
construir um pensamento crítico, impedindo as pessoas de construir um
pensamento a partir de Jesus Cristo e sua doutrina.
Assim
como nos tempos de Habacuque, se a igreja cristã não der ouvidos ao Espírito
Santo, não se arrepender e se converter de seus maus caminhos, o fim desta
estrada é o abismo. A justiça de Deus sobre aqueles que usando o nome de Jesus,
promovem a si mesmos, e roubam a glória do Eterno será iminente.
Assim
como Habacuque, o cristão precisa ter um coração avivado, sensível ao Espírito,
atentando para a decadência em que o dito evangelho se encontra. Mesmo meio a
um tempo de declínio, é preciso buscar forças em Deus, não sendo influenciado
ou direcionado pelos estratagemas do comercio da fé.
Não
queremos expor um pensamento fatalista, mas entendemos que será daqui para
pior, o grande circo apresentará espetáculos cada vez mais ousados e
escandalosos. Serão vistos ainda muitos ventos de doutrinas e moveres frenéticos,
em partes antropocêntricos e em momentos ocultos e místicos, todos recebendo rótulos
de evangelho.
O
futuro desse evangelho decadente é a morte...
“Há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte.”
Pv 14:12