“Sabendo que o homem
não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também
crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas
obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.”
Gl 2:16
A justificação é o ato pelo qual Deus perdoa
o pecador que se arrepende e o aceita como justo uma vez que Cristo derramou seu
sangue para este propósito. Ser justificado nos leva a ser restituídos à graça
divina, passamos de um estado de pecado para a um estado de graça. É um ato
porque consiste num feito único de Cristo suficiente para justificar aquele que
o aceita, não por mérito ou por um processo como muitos creem, mas um
acontecimento imediato aos que verdadeiramente por decisão de fé, creem em
Jesus Cristo que morreu e ressuscitou lhes concedendo em graça a salvação.
A justificação é impossível ao homem
quando este a busca por seu próprio esforço, não está na observância da lei,
que mesmo sendo ela perfeita, se faz impossível de ser cumprida plenamente por
nós. Sendo assim, Jesus vem e cumpre plenamente a lei, derrama seu sangue e
paga o preço por nós se tornando Ele, merecedor da nossa justiça, aí então nós,
pela fé nele Jesus, alcançamos a justificação obtida por Ele.
Estaria então a lei abolida? Dizemos que
não. Quando a lei trata de observâncias cerimoniais, ou de lei civil para o
povo hebreu numa sociedade teocêntrica num período específico não nos cabe
observar, mas quando nos referimos a lei moral, presente antes de qualquer lei,
cabe a nós observa-la como gratidão pelo ato justo de Deus para conosco, ou
seja, a justificação. Observar esta lei moral (os dez mandamentos por exemplo)
não no sentido de que a praticando seremos salvos, mas por ter sido salvos a
praticamos e ela se faz necessária em nossa vida cristã.
Entendemos também não ser possível ao
homem, se arrepender e pela fé crer no Cristo ressuscitado para sua
justificação se isto, não lhe for concedido pela ação da Graça Divina. O homem destituído
da glória de Deus, sempre faz opção pela escolha errada e pratica do mal,
somente pela ação sobrenatural da graça, é possível ser justificado pelo fé.