sábado, 19 de julho de 2014

REFLEXÃO SOBRE ARREPENDIMENTO E REMORSO


Arrependimento “Metanóia” (Grego Μετάνοια), significa mudança de mente, de atitude, sendo impossível retornar ao estado anterior, é uma mudança definitiva.
É um acontecimento possível ao pecador somente através da ação da Graça de Deus que penetra profundamente no coração do homem abrindo seus olhos para entender e aceitar que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm. 3.23).
      
Arrependimento/Remorso “Matamelomai” (Grego μεταμέλομαι) indica a ideia de lastimar, afligir ou lamentar, traz o reconhecimento superficial de um erro cometido, às vezes até a tentativa de retratação, mas não retira o homem da prática do pecado.
Neste contexto, se o transgressor se deparar com a oportunidade de cometer novamente o delito, ele o fará, pois o reconhecimento do erro está na esfera física, não ultrapassa os limites do natural, viver nesta prática gera morte.

Em Atos 13.24 podemos ler sobre o arrependimento para salvação, que gera mudança de mente e atitude:

 “Havendo João, primeiro, pregado a todo o povo de Israel, antes da manifestação dele, batismo de arrependimento.”

Já em Mateus 27.3 e 4 podemos ler sobre um arrependimento para a morte, apenas um remorso sem mudança de atitude ou mente:

“Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo:
Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo.”

CONCLUSÃO

Em momentos o arrependimento gerado pela Graça de Deus se confunde com o  arrependimento/remorso, advindo de um sentimento passageiro, sem mudança real.
 Entendemos que aqueles que passam pela METANOIA , arrependimento para a salvação, expressam as qualidades do fruto do Espírito, sendo assim reconhecidos como regenerados. Em Gálatas 5.22 e 23 lemos as qualidades deste fruto:


“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.”