quinta-feira, 20 de outubro de 2016

REFLETINDO SOBRE HIPNOSE


BREVE HISTÓRIA

“Hipnos” é uma palavra grega traduzida como “deus do sono,” ou simplesmente “sono” ou apenas “dormir.” É dai que vem a palavra hipnose.
Acredita-se que povos antigos já faziam uso da hipnose, como os egípcios e gregos, por exemplo, de uma forma diferente da que se conhece hoje, mas tendo as mesmas intenções.
Foi a partir do século XVIII que a hipnose passou a ter uma experimentação cientifica, o médico austríaco Franz Anton Mesmer, foi quem iniciou os estudos a principio interessado no magnetismo animal, o que ele acreditava ser responsável por curas de doenças e diversas dores. Nos avanços de seus estudos ele entendeu que o homem captava energia, então passou a trabalhar sobre a ideia do magnetismo humano, o que mais tarde deu origem a expressão mesmerismo.
Apesar de acreditar ter tido avanços, seus estudos caíram em descredito, o meio cientifico não aceitava mais seus métodos, mas a sua teoria continuou viva com alguns seguidores.
No século XIX, James Braid, médico inglês, passou a estudar a teoria de Mesmer, foi ele quem deu o nome de hipnose ao método, embora mais tarde tenha entendido que o método por ele estudado não era um estado de sono, mas sim de intensa atividade mental.
Algum tempo depois ainda no século XIX, um importante neurologista chamado Jean Martin Charcot, relacionou a hipnose com doença, tendo grande aceitação no meio científico. Este acontecimento influenciou Sigmund Freud que passa a praticá-la. 
Tempos depois, Freud abandona o uso da hipnose em suas práticas psicanalíticas, pois entendeu que a hipnose carregava em si o descredito do mesmerismo. Ele decidiu então romper, tendo como objetivo elevar a psicanálise ao patamar do reconhecimento cientifico.
Muitos continuaram e, muitos outros continuam estudando a hipnose ao longo dos anos. Nisso chegamos aos dias atuais, onde no meio cristão evangélico a hipnose tem ganhado território, ainda meio escondida e não tão aparente ainda.

O QUE É HIPNOSE E QUAIS SEUS ABJETIVOS

A hipnose, segundo seus praticantes, é o estado alterado da mente. Esse é um estado de transe, onde a pessoa não está  dormindo ou fora de si, mas sim em um estado de inteira atenção concentrada.
O uso de um conjunto de técnicas, leva a pessoa a entrar neste estado onde o senso crítico é afastado e a voz do hipnólogo passa a sugestiona-la. Isso  torna possível acessar o inconsciente, momento  este em que o hipnotizado passa a ter sua mente direcionada de acordo com objetivos pré-estabelecidos.
Este processo, de acordo com seus praticantes, é usado para esconder na mente os possíveis traumas que as pessoas não conseguiriam esquecer por outros meios. Dependendo dos objetivos, poderiam acontecer curas, regressões que auxiliariam na descoberta de problemas psicológicos, fobias poderiam desaparecer, até mesmo ajudaria com a perda de peso, abandono de vícios, enfim, muitos e variados objetivos poderiam ser alcançados através da hipnose.
A hipnose hoje é usada também como entretenimento, onde pessoas se comportam de forma bem inesperada se levado em conta os seus perfis comportamentais. É fácil assistir sessões de hipnose acessando vídeos, onde o objetivo seria somente entreter.
A hipnose também é usada para o relaxamento, tanto mental como físico, fazendo uso de fundos musicais e uma voz guia para induzir o estado hipnótico, além da auto-hipnose, alcançada com a prática da meditação.

QUAL A RELAÇÃO DA HIPNOSE COM O EVANGELHO

O evangelho de Cristo nos conduz por outros caminhos. Talvez alguns pontos citados acima, possam entrar em contato com algumas práticas que facilmente vemos em muitas instituições evangélicas, mas é preciso fazer separação entre Evangelho do Reino ensinado por Jesus Cristo e os falsos mestres que ensinam um falso evangelho. Tendo ciência desta diferença, é simples perceber que a prática da hipnose propõe métodos que não coadunam com o evangelho.
O evangelho não conduz a estado alterado de mente que é o mesmo que estar com os processos da mente modificados, fora do padrão normal. Praticar o evangelho não nos leva, de maneira nenhuma a um transe, que é a perda da consciência da realidade.
Os ensinos de Jesus Cristo não são um sugestionamento mental, não é uma indução de práticas modificando a realidade consciente para assim realizar curas diversas. Basta ter o mínimo de conhecimento bíblico para perceber as gritantes diferenças entre um e outro e se opor a tais práticas que tem se espalhado a longa data no meio cristão.
Sugerimos a leitura do evangelho de Mateus capítulos 5 e 6, onde Jesus pronuncia o Sermão do Monte, leia, reflita, gaste tempo estudando as palavras do Mestre. Repare no comportamento de Jesus ensinando a multidão a respeito da pratica da vida cristã. Perceba como a multidão se comporta e repare no modo em que aquele momento de explanação sobre o Evangelho do Reino fluem naturamente sem manipulação da mente. 

Que o santo Espírito ilumine nosso entendimento!


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