“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que
apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que
é o vosso culto racional.” Rm. 12.1
As escrituras ensinam que o culto racional é prestado quando
a vida é oferecida em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Se oferecer em
sacrifício vivo é uma entrega verdadeira e plena feita por aquele que é
alcançado pela graça, vivendo a vontade de Deus e sendo Cristo o centro de
tudo. É santa pois quando se recebe a Jesus a pessoa se torna separada, justificada,
lavada e remida e é agradável porque esta entrega permite que a vontade boa,
perfeita e agradável de Deus governe o caminhar.
Sendo assim, quando o cristão presta culto racional a Deus,
este culto se manifesta no fruto do Espírito que é gerado e praticado no
caminhar da vida cristã. Culto racional vai além de ter um momento de culto, é
prestar um serviço de vida consciente a Cristo, seja onde estiver, em que
momento for ou com quem seja, é o culto racional prestado através das atitudes,
decisões, comportamento, trato com o próximo e forma de falar e se expor.
Quando se reuni como igreja, as práticas de culto devem
seguir o que as escrituras ensinam, ser racional na consciência de entrega a
Jesus Cristo, isto não é um culto a razão, mas um culto racional.
O proceder
nestes momentos jamais devem ser guiados pelo empirismo, emoções compensativas,
ou confissões positivas com direcionamentos ideológicos.
Nisto, o
culto e o propósito de cultuar se perde e dá lugar a comportamentos que
expressam total desconhecimento bíblico, onde as práticas revelam o contagio mental
num ambiente de susgestionamento onde a mente sai da racionalidade e entra
oportunamente num estado inconsciente, neste estado o que se tem é um transe,
que estimulado leva o individuo a uma catarse.
Sapatear,
se retorcer, pular histericamente numa dança frenética, falar línguas desconhecidas
com frases que se repetem sem sentido entre outras mais, são falsamente entendidas
como ação do Espírito Santo, manifestações que dependem de plateia, pois só
acontecem quando tem quem as assista. O ensino bíblico perde lugar, o tomar
conhecimento do fundamento da fé se perde, o culto racional não existe e o que
se tem é um culto irracional ao deus do ventre... idolatria. Se Cristo e sua
vontade não são o centro, o propósito do cultuar passa a ser o próprio homem e aí
Deus não está.
Ser cheio
do Espirito Santo é expressar o fruto do Espírito no caminhar do chão da vida,
é o relacionamento com Deus quando ninguém está olhando, é Cristo visto na vida
do cristão, não pelo que o próprio cristão sugere de si mesmo, mas percebido na
sua prática pelos que o encontram pelo caminho.
Ser cheio
do espírito não é estar mergulhado no pentecostalismo atendendo as expectativas
de néscios ou figurões da fé, não é se expressar em patologias mentais servindo
a um evangelho de sofismas.
Que o
Santo Espírito nos ilumine e guie no caminhar existencial.
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